Há pouco mais de seis meses, a vida de Artur Henrique dos Santos, 17 anos, sofreu uma reviravolta. Prestes a se formar no Ensino Médio e a entrar na vida adulta, o estudante sentiu que era hora de contar para sua mãe que era gay. No entanto, não estava preparado para ouvir a seguinte resposta de uma mãe, a resposta que recebeu foi: “eu não vou sustentar filho gay”. Ele conta: "Nunca me senti acolhido. Não tinha espaço para pensar sexualidade e foi lá que me entendi negro e gay em uma sociedade racista e lgbtfóbica”, conta. Relatos de preconceito e exclusão como o de Arthur, infelizmente, se mostram corriqueiros. Segundo a “Pesquisa Nacional Sobre o Ambiente Educacional no Brasil 2016”, feita pela Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), 73% dos alunos LGBTs já sofreram agressões verbais devido sua orientação sexual e 68% por conta de sua intendade de genero , evidenciando como a escola pode ser um espaço hostil e violento para esses jovens.
- matildeventura2